A insatisfação das carreiras policiais das esferas federais e civis com o projeto de reforma da Previdência elaborado pelo governo federal motivou a realização de uma mobilização da União dos Policiais do Brasil (UPB) na Câmara dos Deputados nesta 4ª feira (10/4).

Representantes das diversas entidades que compõem a UPB passaram o dia levando esclarecimentos aos deputados sobre a necessidade de corrigir o texto que está tramitando.

Pela manhã, o grupo visitou diversos gabinetes e entregou materiais com as reivindicações da segurança pública para a reforma. Os policiais cobram que seja mantida na Constituição a classificação da atividade policial como arriscada, além da integralidade e paridade para toda a categoria, regras justas de aposentadoria e pensão integral para a família em caso de morte em razão do serviço.

“Da forma como está, a reforma colocará os policiais e a população em risco. Infelizmente, a proposta está suprimindo garantias da categoria. Não é assim que se busca uma segurança pública de qualidade”, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), Marcos Camargo.

Líder do governo

No período da tarde, os integrantes da UPB fizeram uma manifestação nos corredores da Câmara, solicitando mais atenção do governo federal para as carreiras policiais. A líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) foi ao encontro do grupo e ouviu as reivindicações. “Me comprometo a conversar com a equipe econômica”, disse a deputada.

O presidente da APCF afirmou que “o governo atual foi eleito por causa da pauta voltada para a área da segurança pública” e, por isso, “é muito importante valorizar os profissionais que desempenham uma função essencial para a sociedade”.

“Sem higidez física e mental é impossível desempenhar nossa função de forma adequada e eficiente”, afirmou Camargo.