Após repercussão da opinião da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), de outros integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público, o presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf ), Roberto Leonel, anunciou que pedirá que o Banco Central (BC) considere a reinclusão dos parentes de políticos no monitoramento das instituições financeiras. A decisão do Coaf ganhou ampla repercussão na mídia nacional nesta 4ª feira (30/1).

Assim que as propostas do BC entraram em consulta pública, em 24 de janeiro, o presidente da APCF, Marcos Camargo, divulgou nota oficial da entidade afirmando que a flexibilização do controle financeiro é um retrocesso. “É muito frequente o uso dessas pessoas para dissimular a identidade do real beneficiário das irregularidades ou crimes”, afirmou Marcos Camargo, em nota.

Leonel disse aos jornalistas que não foi consultado pelo Banco Central para a elaboração das propostas, mas que, com a repercussão negativa da possibilidade de mudança, é provável que o órgão volte atrás. O Ministro da Justiça, Sérgio Moro, pasta da qual o Coaf é integrante, criou um grupo de trabalho, nesta 3ª-feira (29), pra examinar a questão e formular sugestões ao BC.